segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Os Caboclos Boiadeiros



Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm algumas dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura. Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeirostambém são conhecidos como "Encantados",pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em entidades especiais.
Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus.
Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade.
Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda,Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos.  Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com  a prática da magia na terra.
Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).
Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina.
Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros ''e no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.
Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas.  São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste.  "Gostar" para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele "filho".  Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa.
Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.
Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros.  Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por exemplo:  Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc...
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

domingo, 30 de setembro de 2012

Macui, Kolofé,

Olá galera, espero que gostem do meu novo blog.
aqui vou falar um pouco sobre os orixás, e coisas relacionadas a nossos pais.
gostaria que vocês me ajudassem a fazer o blog cada dia melhor, sugerindo postagens, se eu não souber irei atraz  pedirei meu pai de santo para mim dizer e tudo mais. no mais espero que vocês gostem e boa semana para todos
   Macuiu para todos.




                               Kytuangue Femym

Os orixás mais cultuados no Brasil


Os 18 orixás mais cultuados no Brasil
Cada um deles tem sua história, seu simbolo, dia da semana, alimento e saudação.
Os orixás são elementos da natureza, representam, água, a mata, o mar, a justiça, a saúde, animais, os pássaros e assim por diante…:

Oxóssi
DIA: Quinta-feira
COR: Azul-Turquesa
SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré
ELEMENTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)
DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura

Ogun
Dia da Semana: Terça-feira
Cores: Azul-marinho
Comida: Feijão preto – Inhame assado
Domínio: Caminhos e Guerras
Orixá: Xangô
Dia da Semana: Quarta-feira
Cores: Vermelho e Branco
Comida: Ajobò (papa de quiabo) feita com as mãos, em azeite de dendê
Domínio: Pedreiras, meteoros, tempestades
Exu
DIA: Segunda-feira.
CORES: Preto (ou seja, a fusão das cores primárias) e vermelho.
SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo erecto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
DOMÍNIOS:  Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO: Laroié!
Orixá Ossaim
DIA: Quinta-feira.
CORES: Verde e Branco.
SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).
DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.
SAUDAÇÃO: Ewé ó!
Orixá Oxalaguiãn
Dia da Semana: Sexta-Feira
Cores: Azul e branco
Comida: Canjica branca cozida com mel, coberta com azeite doce
Domínio: Minas de Prata, Rios Quentes, Campos
Orixá Oxalá
Dia da Semana: Sexta-feira e Domingo
Cores: Branco, Marfim, Pérola e Prata
Comida: Canjica branca cozida com mel e coberta
com clara batida
Saudação: Epá Babá, 
Domínio: Oceanos, Rios, Céus, Montanhas
Orixá: Oxumaré
Dia da Semana: Terça-feira
Cores: Verde e amarelo, preto e amarelo, multicor
Comida: “Cobra” feita de batata-doce amassada e banana-figo frita em azeite doce
Saudação: Arrum Bo Bo Oxunmaré!
Domínio: Arco-íris, céu, chuva fina, sol, terra
Orixá: Omulu
Dia da Semana: Segunda-Feira
Cores: Branco e Preto
Comida: Pipocas estouradas no Dendê, entregues no mato às segundas-feiras

Saudação: Atotô, Ajuberu, Axê!
Domínio: Ruínas, sarcófagos, estradas, cemitérios, caminhos e sol
Orixá: Iansã
Dia da Semana: Quarta-feira

Cores: Vermelho, Branco com rosa
Comida: Acarajé, romã, acarajé feito com feijão branco(ecuru)
Saudação: Epa Rei, Oyá, Axé!
Domínio: Vento, ossários, cumes, jardins
Orixá: Iemanjá
Dia da Semana: Sábado
Cores: Prata e azul-claro
Comida: Manjar, pipoca de arroz com casca
Saudação: odoia
Domínio: Maternidade e Pesca
Orixa: Oxum
Dia da Semana: Sábado
Cores: Amarelo ouro
Comida: Feijão fradinho com cebola e camarão (omolocum)
Saudação: ora ie ieo
Domínio: Água doce, rios, cachoeiras
Orixá: Logum Edê
Dia da Semana: Quinta-Feira e Sábado
Cores: Amarelo Ouro e Azul Turquesa
Comida: Axoxó (milho de galinha cozido com coco), Lelê(mingau de fubá de milho amarelo
cozido com azeite doce) e Ipeté(inhame cozido com azeite doce)
Saudação: loce loce
Domínio: cachoeiras, matas, florestas, rios
Orixá: Nanã

Dia da Semana: Terça-feira
Cores: Violeta, azul e branco rajado
Comida: Feijão fradinho cozido com mel
Saudação: Saluba Nanan
Domínio: Pântanos, igapós, charcos, lama
Orixá: Obá
Dia da Semana: Quarta-Feira
Cores: Rosa, coral, branco e marfim
Comida: Batata-da-Terra cozida em azeite doce e Amalá
Domínio: Terra, ventos, redemoinhos
Orixá: Ewá
Dia da Semana: Quarta-Feira
Cores: Branco, Marfim, Vermelho, Coral
Comida: Batata-da-Terra cozida com azeite doce
Domínio: Ilhas, penínsulas
Orixa: Ibeji

Dia da Semana: Segunda-Feira
Cores: Variadas
Comida: Caruru, frutas variadas ou mistura de 2 doces colocados em matos e jardins
Saudação: eremi
Domínio: Tudo que diz respeito às criança
s

Magia para dinheiro: Ritual do número 9



Magia para dinheiro: Ritual do número 9

Material necessário:
1 bandeja não inflamável;
9 velas verdes;
  9 moedas idênticas;
1 trevo de quatro folhas.
Ritual:
Em uma quinta-feira á noite, coloque sobre uma bandeja as 9 velas em círculo. Faça o círculo tão largo quanto possível. Depois disponha 1 moeda entre cada uma das velas. E por fim, ponha o trevo de 4 folhas no centro da bandeja.
Acenda as velas.
Concentre-se na chama das velas e diga 9 vezes:
“Energias invisíveis do Universo,
Fazei com que o dinheiro venha a mim, com rapidez e pressa,
Fazei com que eu tenha sempre tanto dinheiro, tanto dinheiro quanto o que precise!”
Depois imagine intensamente, que as riquezas vindas de toda a parte entram dentro do círculo das chamas das velas, e lhe são servidas nessa bandeja.
Deixe as velas arder por inteiro. Depois esfregue as moedas com o trevo, e gaste-as rapidamente. O dinheiro tem que circular.
NOTAS:
As velas têm imperativamente de ser verdes, pois o verde simboliza a riqueza.
Aconselha-se a utilizar as moedas de maior valor, para atrair o maior numero possível de entradas de dinheiro.
O trevo de 4 folhas simboliza a sorte no dinheiro.
A quinta-feira é o dia dedicado a Júpiter, favorável á prosperidade.
O número 9 é considerado um bom número, como que um “chama a sorte”.

exú




Exú , é o senhor dos caminhos, caminhos que levam e trazem e fazem as pessoas se encontrarem ou distanciarem-se. É quem faz com que os ritos sejam cumpridos, principal responsável pela ligação do mundo espiritual ao mundo material,( orun- ayé).
Entre dois caminhos lá está ele guardando, indicando. Não se faz nada pelo candomblé antes de agradar Exú, pois é o único orixá que faz o elo de ligação entre nós e os demais orixás.
 
Exú é um orixá tão importante quanto todos os outro orixa. Por ser mais ligado com o mundo terrestre, possui certos costumes e temperamentos parecidos com os dos seres humanos.
Exú é erradamente sincretizado pelo diabo cristão.
Por ser um orixá que cuida dos caminhos onde percorrem homens, orixás, espíritos, etc. E sendo o elo de ligação entre esses mundos, ele possui múltiplos contraditórios, sendo bom e mau, astuto, grosseiro, indecente, protetor, alegre, brincalhão, violento, etc. Ou seja, é o orixá mais humanizado do panteão, pois em seus arquétipos incluem-se as impurezas causadas ou existente nos homens.
Devido a esses aspectos, foi sincretizado pelos primeiros missionários, com o diabo cristão.

Arquétipos:
Os filhos de Exú possuem um caráter imprevisível ora são bravos, intrigantes e ficam muito contrariados, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros.
Não aceitam derrotas, são melindrosos, de temperamento difícil. Se você tiver desentendimento com algum filho de Exú, aguarde que haverá retorno.
Seus filhos precisam estar sempre em atividade para poderem liberar toda energia que possuem.
Possuem muita tendência à espiritualidade; são fiéis fervorosos que esbanjam fé...

Lenda:
Todos os orixás possuem muitas lendas, passadas de boca em boca durante milhares de anos. Citamos aqui duas lendas referentes a exú/bará.
Uma mulher que esqueceu de alimentar Exú. Se encontra no mercado vendendo os seus produtos. Exú põe fogo na sua casa, ela corre prá lá, abandonando seu negócio. A mulher chega tarde, a casa está queimada e, durante esse tempo, um ladrão levou suas mercadorias.
Nada disso teria acontecido - se tivesse feito a exú as oferendas e os sacrifícios usuais ou em primeiro lugar.
Um dia, Osalà cansado de ser zombado e trapaceado por Exú, pois Oxalà era muito orgulhoso e geralmente não agradava exú por ser um orixá mais velho. Decidiu combater Exú para ver quem era o orixá mais forte e respeitado. E foi aí que oxalá provou a sua superioridade, pois durante o combate, oxalá apoderou-se da cabaça de Exú a qual continha o seu poder mágico, transformando-o assim em seu servo.
Foi desde então que Oxalà permitiu que Exú recebesse todas as oferendas e sacrifícios em primeiro lugar...

O que é Orixá?



Orixás são elementos da natureza, cada orixá representa uma força da natureza.
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio, produzem uma enorme energia (asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo).

No Brasil, erroneamente,  diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun* (Nota: quando nos referirmos a Ifá/Iyami, a fim de não criar confusões, pedimos que visitem o nosso portal Matriz Afro para ter esclarecimentos mais abrangente e técnicos sobre a senhoridade e Cronologia) Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como  "Orisá maior",  no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás.

A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental.
Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes (animais, vegetais, homens, planetas, etc.);

Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.

Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco os condena a fogueira eterna, também, nunca os entregou ao seu maior inimigo (Satanás) após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso Deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido...
Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco, condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer.
O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos.
Portanto, nosso Deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai... Tão perfeito e superior que que não conseguimos associar-lo a imagens, planetas, Orixás, pessoas, etc. Nosso Deus é Universal, é um  "todo" inimaginável em forma,sexo, mas, sentido em energia e fé. Pois tudo a ele pertence e tudo dele nasce.

Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um "Orixá", um antepassado divinizado, e cada energia se revela em caminhos através de "Odús", estes interpretados  por nossos sacerdotes que são iniciados em IFÄ e por anosm preparados para a intepretação, com fundamentos filosóficos e espirituais.
Orisá  não se limita ao Africano porém, por ser a África o berço da civilização humana, de lá nasceram as mais antigas energias, por muitas ramificações e associações como ZEUS(Grécia) a XANGÔ(Sango): Áres Deus da Guerra (Ogun); etc... A perpetuação do culto aos nossos Orixás se fazem presentes Hoje. Pois é a mais antiga e única religião ancestral que ainda se permanece viva e fiel a origem em filosofia e culto com muita aproximação ao seu berço cultural na Äfrica; que possui  a mais variada seguimentação de cultos associados e adaptados a culturas regionais de diversos países, como no Brasil onde possúi na maioria de seus cultos a Orixá, mesclagem com espiritismo, catolicismo, pajelança, catimbó etc. Ex: a Umbanda.
Outras,  mantendo-se fiel às origens, porém, buscando cada vez mais o resgate de conceitos e, "ingredientes filosóficos e espirituais" junto a Babalaôs e Oluwos africanos que vem ao Brasil e contribuem com a nossa cultura com ensinamentos que pelos séculos, aqui foram mesclados ou naturalmente distorcidos. Não podemos deixar de mencionar que muitos Babalaôs ficam espantados ao ver que ainda se mantém viva, nestes países, nomes, rezas, Orisás que a muito na Äfrica foram esquecidos e, mesmo com a modificação natural de cultuação pelas adaptações regionais/culturais em relação ao seu culto original, a lembrança e a perpetuação do nome e origem, ainda podem ser encontrados nestes cultos descendentes.
É  comum no Brasil associarmos pessoas  a influências de um ou dois Orixás específicos, dizendo-se  que a mesma rececebe esta energia e que isso  justifica a maioria de sua conduta e atos.
De certa forma, não é  inverdade esta associação, pois realmente Orisá exerce influência a quem está sobre o designio da sua energia em seu caminho. Porém, não podemos dizer que a pessoa que está sendo regida por determinado Orixá, que este mesmo seja FILHO exclusivo, pertencente  ao mesmo e, que por sua vez, seu destino esteja ligado as vontades do Orisá. Nossas vontades são regidas por nossa consiência, e nossa consciência alimentada por nosso ORI (Nosso Deus/Nosso EU) cujo as nossas escolhas e atos estão intrisecamente ligados a nossa personalidade e caráter, tais qualidades que Orisá algum têm o poder de modificar sem que nosso Ori esteja em harmonia com o universo.

Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os  filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado à armas,guerras, metais, ferramentas, etc.
"Em relação ao caráter e a harmonia de nossa consciência (Ori) com o universo e com os nossos semelhantes, gosto de usar uma frase/exemplo que vem a exemplificar bem  esta correlação entre Ori e Orisá.
- Uma pessoa filha de Ogun, pode ter a influência do Deus da Guerra em energia, portanto, são pessoas "inclinadas" a terem caráter explosivo, serem desapegados e gostarem de lidar com armas e ferro (metais); Nos aprofundando mais nesta analogia, por conseguinte, muitos policiais, bandidos, lutadores, são pessoas que sofrem mais influência desta energia.
Eis a grande pergunta: - O que diferencia a pessoa ser Policial ou Bandido, já que são influenciados pelo mesmo Orixá e podem até terem o mesmo poder "em mãos de uma ARMA/METAL"?
Resposta: O Carárer, a harmonia com o semelhante, consigo, e com o Universo... Enfim, "SEU ORI", seu "Deus pessoal" que lhe dará a consciência e discernimento para fazer o certo e seguir o caminho do bem... Mesmo que este venha a usar as mesmas armas dos que seguem o caminho da desarmonia..." Obanisé


Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, sendo muitos ancestrais divinizados que após fatos heróicos ou divinos, e por possuerem energia extrema, maior que a capacidade humana poderia suportar, encantaram-se e/ou retornaram ao Orun (céu), deixando para nós segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações diretas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por IFÁ, cujo veremos na parte relacionado a Odús.

Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de Olorum (Deus criador/construtor de todo o universo).
Orixá significa também o caminho que nos guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados por Ifá onde se faz necessário o devido culto para que os que dele necessitam, seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no aiye (terra).
Entre todos Orixás, salientamos o de maior e incontestável importância que é ORI, seu Deus pessoal, sua identidade, sua consciência viva e presente, que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada  e equilibrada para que se possa ter a consciência e o o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na Energia pura de Orixá
(Orisá).
Finalizando: energia = natureza; natureza = Orixá; Orixá = caminho.

Yemanja - se apaixona



Oromilaia tinha os segredos da noite e precisava ser detido devido a seus feitiços desenfreados. Era um dos homens mais bonitos e encantadores, tinha todas as mulheres que quisesse, mas não amava nenhuma. Oxalá queria tirar a maldade e os segredos de Oromilaia, mas só havia um jeito de conseguir tal feito. Pedindo à mulher mais bonita do povoado que o encantasse e tirasse dele todos os segredos. 
Os Orixás duvidaram e mesmo assim Oxalá chamou Yemanjá, que não tinha filhos nem família para seduzí-lo e conhecer os seus segredos. Oxalá fez com ela um trato, segundo o qual ela só teria essas intenções para ludibriar Oromilaia e depois voltaria para reinar ao lado dele novamente. Yemanjá foi, porém com o tempo, ela e Oromilaia apaixonaram-se verdadeiramente.
Yemanjá e Oromilaia já não conseguiam viver longe um do outro, ela conseguiu descobrir todos os segredos e feitiços dele, porém afastar-se jamais, eles tiveram muitos filhos, que também tornaram-se Orixás.